
A presidente da Câmara Municipal de Los Angeles, Karen Bass, emitiu uma ordem executiva para facilitar aos "estúdios e produtores independentes a filmagem de filmes, programas de televisão e anúncios publicitários na cidade", informou o seu gabinete num comunicado.
A medida tem como objetivo reduzir os custos e simplificar os processos da cidade para as filmagens, bem como alargar o acesso aos pontos de referência de Los Angeles, incluindo a Biblioteca Central, o Porto de Los Angeles e o Observatório Griffith, acrescenta o comunicado.
A ordem exige que os departamentos municipais reduzam os regulamentos e simplifiquem os processos para a indústria cinematográfica e televisiva, reduzindo as taxas e os prazos de revisão da documentação.
Apela também a uma "abordagem proativa e favorável ao cinema no que respeita à comunicação entre os departamentos municipais", especialmente no caso de projetos que possam afetar os horários das filmagens.
"Manter a produção de entretenimento em Los Angeles significa manter empregos bem remunerados, e é por isso que estamos a lutar", afirmou Bass no documento.
A ordem surge num momento de crise para Hollywood, que procura reinventar-se após a queda da sua produção, arrastada pela crise da covid-19, bem como pelas sucessivas greves de argumentistas e atores de Hollywood e pela falta de incentivos fiscais denunciada pela indústria.
Trump anunciou a 04 de maio que iria impor tarifas de 100% aos filmes estrangeiros, mas a Casa Branca esclareceu no dia seguinte que ainda não há uma decisão firme e que está a trabalhar num quadro de consenso que cumpra as diretivas do Presidente.
Entretanto, os líderes dos principais sindicatos de Hollywood apelaram, numa carta aberta a Trump, à melhoria dos incentivos fiscais à produção cinematográfica e televisiva, como parte de um pacote de medidas para ajudar a aumentar a procura de produção nos Estados Unidos.