Depois de terem estado concentrados durante a manhã junto à sede da empresa de segurança Securitas, os ativistas sindicais e os trabalhadores da vigilância privada protestaram, ao início da tarde, à porta da Prestibel contra "a falta de respeito pela contratação coletiva e o contrato coletivo de trabalho (CCT) do setor.

Falta de liberdade sindical, recusa de negociação e incumprimento dos direitos laborais contratualizados foram algumas das queixas apresentadas pelos manifestantes que aproveitaram a sombra das árvores para retemperar forças com um almoço ligeiro.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, solidarizou-se com a luta destes trabalhadores da vigilância e almoçou com eles, uma sandes e fruta, pouco antes de lhes dirigir uma mensagem.

"Estamos aqui também para denunciar a degradação da qualidade do emprego e política de empobrecimento. É esta política que tem que ser rejeitada e derrotada", disse o sindicalista, exortando os trabalhadores a usarem o seu voto, no dia 04 de outubro, para derrotar o Governo e a política de direita.

À agência Lusa, Arménio Carlos explicou que a concentração dos trabalhadores da Prestibel foi também uma forma de chamar a atenção da opinião pública, do Governo e das associações patronais para o bloqueio da negociação coletiva, "que está também a pôr em causa o aumento anual dos salários".

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpezas e Atividades Diversas (STAD), Carlos Trindade, valorizou a luta destes trabalhadores e explicou que foi graças a ela que a Securitas aceitou esta manhã reunir-se com os representantes dos trabalhadores e "assumiu vários compromissos importantes".

Segundo o sindicalista, a Securitas vai voltar a pagar os feriados de acordo com o CCT, assim como repor a majoração das férias e facultar formação no horário de trabalho.

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