Esta é a segunda vez desde outubro de 2012 que a instituição corta a taxa de juro, depois de, a 19 de outubro, ter decidido cortá-la também em 0,25 pontos percentuais, para 14%.

"O Comité entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018, é compatível com um processo gradual de flexibilização monetária", lê-se numa nota daquela entidade.

O Comité de Política Monetária (Copom) destacou que "o ritmo de desinflação nas suas projeções pode intensificar-se caso a recuperação da atividade económica seja mais demorada e gradual do que a antecipada", acrescentando que "essa intensificação do processo de desinflação depende de ambiente externo adequado".

De acordo com a nota, indicadores sugerem uma "atividade económica aquém do esperado no curto prazo, o que induziu reduções das projeções para o PIB [Produto Interno Bruto] em 2016 e 2017".

"A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade económica pode ser mais demorada e gradual do que a antecipada previamente", lê-se no comunicado.

O Banco Central assinalou que "no âmbito externo, o cenário apresenta-se especialmente incerto", com o aumento da volatilidade dos preços de ativos a indicar "o possível fim do interregno benigno para economias emergentes".

"Há elevada probabilidade de retomada do processo de normalização das condições monetárias nos EUA no curto prazo e incertezas quanto ao rumo de sua política económica", de acordo com a instituição.

O banco notou ainda que a "inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida".

ANYN(MBA) // ARA

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