Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 2,47%, para os 31.802,56 pontos, na que é a primeira vez que fecha acima dos 31 mil pontos desde há mais de um mês.

Já o tecnológico Nasdaq ganhou 2,31% e o alargado S&P500 progrediu 2,37%.

Os índices tinham começado a perder, mas foram recuperando debilmente, antes de acelerarem na segunda parte da sessão.

"Wall Street bateu com a mão no botão 'compra' com força depois de se divulgarem informações que indicam a vontade de a Reserva Federal (Fed) discutir em breve a forma de diminuir o ritmo de endurecimento monetário, depois da reunião do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês) em novembro", resumiu Edward Moya, da Oanda.

Mary Daly, a presidente da antena regional da Fed em San Francisco, agitou assim hoje as águas: "Podemos ter uma nova subida da taxa de juro de referência em 75 pontos-base", na próxima reunião, em 02 de novembro, como os investidores estão à espera, "mas recomendaria que não contassem com aumentos de 75 pontos-base para sempre".

Durante uma conferência na Universidade da Califórnia, em Berkeley, retransmitida no sítio do banco central, acrescentou: "Temos de garantir que fazemos tudo o que podemos para não aumentar demais (as taxas) e não as podemos subir demasiado depressa e depois dizer 'acabou'".

Esta nova subida da taxa sobre os fundos federais, que se prevê ser de três quartos de ponto percentual, é a quarta consecutiva.

Um artigo do Wall Street Journal fez-se eco de dirigentes da Fed, que começam a assinalar o seu desejo de diminuir a subida da taxa e acabar com elas no início do próximo ano, para observar como se comporta a economia.

Desta forma, os rendimentos das obrigações contraíram-se a meio da sessão, "no seguimento de informações, segundo as quais a Fed poderia decidir uma subida da taxa inferior" durante a última reunião do FOMC este ano, em 13 e 14 de dezembro, destacaram os analistas do Wells Fargo.

Entre as cotadas, a Twitter caiu 4,94%, depois de serem conhecidas informações comprometedoras da operação da sua compra por Elon Musk.

Um artigo da Bloomberg avançou que o governo do presidente Joe Biden pretende submeter a intenção de compra da rede social pelo patrão da Tesla a um exame de segurança nacional.

Em particular, a Casa Branca está inquieta com a presença de investidores estrangeiros, como o príncipe e empresário saudita Al-Walid ben Talal e o fundo soberano do Qatar, no consórcio junto do qual Musk garantiu mais de sete mil milhões de dólares para financiar a operação.

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