Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial estagnou (variação de zero por cento) nos 35.091,13 pontos. O tecnológico Nasdaq recuou 0,58%, para as 14.015,67 unidades, e o alargado S&P500 perdeu 0,37%, para as 4.483,87.

"Observámos durante a maior parte da sessão a continuação da recuperação da semana passada, mas os índices baixaram com o aproximar do fim da sessão", observou Peter Cardillo, da Spartan Capital.

Na semana anterior, os índices concluíram em alta, apresentando os primeiros anhos semanais do ano, com o Dow Jones a avançar 1,05%, o Nasdaq a progredir 2,38% e o S&P500 a valorizar 1,55%.

Mas estão longe de recuperar o terreno perdido desde o início do ano, com o Dow a acumular uma perda de três por cento do que vai do ano, o Nasdaq a recuar quase 10% e o S&P500 a baixar mais de cinco por cento.

"Está um mercado muito sujeito à volatilidade, mas, no fundo, a tendência é positiva", assegurou.

O nervosismo persiste, "enquanto os mercados mundiais enfrentam a perspetiva de políticas monetária mais estritas, as tensões geopolíticas entre a Federação Russa e a Ucrânia e a uma época de resultados mitigados", sublinharam, por seu lado, os analistas da Schwab.

Os investidores continuam preocupados com a intenção de endurecimento da política monetária por parte do banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed), enquanto o índice de preços no consumidor, relativo a janeiro, é esperado na quinta-feira.

"Esperem, neste debate permanente sobre a taxa de juro da Fed, que se fale de inflação na quinta-feira", antecipou Joe Manimbo, especialista do mercado cambial no Western Union.

"Os preços no consumidor devem acelerar em taxa anual e superar os 7,1% em dezembro, no que é o crescimento mais rápido desde há décadas", acrescentou.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro a 10 anos permaneceram nas proximidades do seu novo máximo de mais de dois anos -- 1,92% - que atingiram na sexta-feira.

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Lusa/fim