Os resultados da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 1,84%, para os 21.917,16 pontos, o que representa uma baixa de 13,7% desde o início do mês e de 23% em relação ao princípio do ano.

O S&P500 perdeu 1,60%, para as 2.584,69 unidades, o que constitui uma desvalorização de 12,5% em março e 20% desde o início do ano.

O recuo do tecnológico Nasdaq foi de 0,95%, para os 7.700,10 pontos, de 10% desde o início do mês e 14% no conjunto do trimestre.

Contudo, estes índices tinham começado a sessão em alta, antes de perderem força e caírem com o aproximar do fim das transações.

Para Karl Haeling, da LBBW, não houve qualquer notícia específica que justificasse esta evolução das cotações, se se excluir que os investidores talvez esperassem ajustamentos de carteira mais acentuados no final de trimestre.

"A tendência nos próximos dias vai ser provavelmente dominada pelas estimativas sobre a duração da pandemia" da covid-19, estimou.

"Poderemos ver a economia retomar verdadeiramente a sua atividade duas semanas depois de uma descida substancial dos novos casos. Tudo isto está sujeito a interpretação", avançou.

O que parece que faz poucas dívidas aos investidores é a entrada da economia norte-americana em recessão. A questão é de saber em que medida as ações tomadas pelo Governo e banco central vão permitir atenuar o efeito e limitar a duração.

No mundo, mais de 3,6 mil milhões de pessoas, correspondentes a 46,5% da população, foram aconselhadas ou obrigadas pelos respetivos governos a ficarem em casa, segundo um levantamento feito pela AFP.

Mais de 828 mil casos de infeção foram diagnosticados em 185 países e territórios desde o aparecimento do vírus em dezembro na China, e a doença já provocou mais de 41 mil mortes.

Porém, do lado positivo, a China mostra alguma recuperação inesperada da atividade industrial e dos serviços em março e os preços do petróleo mostraram uma estabilização, depois de terem atingido na segunda-feira o seu nível mais baixo desde há 18 anos.

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