
Na reunião do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês) foi também avançada a possibilidade de mais subidas em 2023 e admitido o cenário de um crescimento económico em 2023 abaixo do previsto.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,42%, o alargado S&P500 baixou 0,61% e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,76%.
Os investidores já esperavam que o banco central dos EUA anunciasse uma subida da taxa de juro de referência em meio ponto percentual, mas o que desconheciam era quanto mais iria subir em 2023, como salientou o The Wall Street Journal.
"Os investidores esperavam que a Fed reduzisse o seu tom duro, mas isso não aconteceu", sintetizou Sam Stovall, o principal estratega de investimentos da CFRA.
A subida de hoje foi a sétima consecutiva desde março e mais atenuada que as quatro anteriores, que foram de 75 pontos-base.
Para o próximo ano, no qual o presidente da Fed, Jerome Powell, admitiu que desconhece se vai haver uma recessão, a instituição avançou um valor central de 5,1% para a taxa de juro de referência.
Como hoje a Fed decidiu um aumento de 50 pontos-base na sua taxa de juro de referência, para o intervalo entre 4,25% e 4,50%, aquela referência significa um aumento de mais 75 pontos-base em 2023.
Powell reiterou que as taxas de juro irão voltar a subir para alcançar "uma política monetária que seja suficientemente restritiva para levar a inflação de regresso a 2%", considerando que há "ainda um longo caminho a percorrer" para alcançar a estabilidade de preços.
A Fed assinalou também que espera que a taxa de juro de referência desça para 4,1% no final de 2024 e 3,1% no final de 2025.
"Isto é consideravelmente mais elevado do que as expectativas reinantes nos mercados financeiros, onde se esperava que a taxa dos fundos federais baixasse para 3,9% no final de 2024 e 2,6% no de 2025", disse Bill Adams, economista-chefe do Comerica Bank.
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