Desde 2014 que o setor registava quedas consecutivas, entre 2015 e 2017 acumulou perdas de cerca de 11%, e fechou com estabilidade em 2018.

O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de informação e comunicação, que acumulou um aumento de 3,3% no ano.

"Em 2018 nós tivemos uma estabilidade e agora temos uma volta ao campo positivo, lembrando que entre 2015 e 2017 tivemos uma perda acumulada de 11%, então essa alta é importante, mas ainda está longe de alcançar o melhor resultado no setor de serviços", avaliou o gestor de pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.

Entre as atividades de informação e comunicação, a que mais influenciou o resultado positivo do ano foi o de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet.

O gestor do IBGE explicou que essa atividade inclui, por exemplo, as ferramentas de busca.

Esse crescimento é justificado também pela forma em que essas multinacionais fazem propaganda nas redes sociais, o que se refletiu no aumento da receita.

Transportes de cargas também contribuíram para o desempenho positivo do setor por apresentar um histórico de ganhos de receitas, independentemente da crise na área de prestação de serviços.

Outro destaque positivo foram serviços de locação de automóveis, que podem ser influenciados tanto pela mudança de comportamento do consumidor, que opta por não ter carro, quanto pelo aumento de motoristas de aplicações eletrónicas, que alugam o veículo para trabalhar.

Em dezembro do ano passado, o volume do setor de serviços brasileiro recuou 0,4% frente ao mês anterior, segundo decréscimo seguido neste tipo de indicador, com uma perda de 0,5% verificada entre novembro e dezembro, o que reduziu parte do ganho acumulado no ano passado.

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