"É escandaloso o facto de o Serviço de Fraudes Graves [UK Serious Fraud Office] e a Agência Nacional de Crimes [National Crime Agency] do Reino Unido não terem iniciado uma investigação aprofundada sobre estes empréstimos e que nada tenha resultado das investigações da Autoridade de Conduta Financeira [Financial Conduct Authority]", criticou Tim Jones, responsável pelo departamento de políticas públicas desta organização britânica, comentando a ação interposta por Moçambique em Londres.

A acusação, apresentada pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique no Tribunal Comercial do Tribunal Superior de Londres [High Court] e à qual a agência Lusa teve hoje acesso, argumenta que a dívida ao Credit Suisse é inconstitucional e ilegal no âmbito da legislação moçambicana, razão pela qual o Estado não deve ser obrigado a pagar o empréstimo e deve ser ressarcido pelas consequências.