Segundo a imprensa angolana, do conjunto de ativos privatizados constam a Fazenda Agroindustrial de Camaiangala, na província do Moxico, a Fazenda de Cuimba (Zaire), de Samza Pombo (Uíge), o Entreposto Frigorífico de Caxito (Bengo), a Fábrica de Processamento de Tomate e Banana de Caxito, os Matadouros Modulares de Luanda, Camabatela, Porto Amboim, e o Complexo de Silos de Catete, adquiridos por cinco empresas de direito angolano.

Na sessão de assinatura dos contratos, terça-feira, o secretário de Estado para as Finanças e do Tesouro e coordenador técnico permanente do PROPRIV, Osvaldo João, disse que a diversificação da economia se torna "mais urgente" e o setor não petrolífero deverá liderar este processo.

"Esta etapa sinaliza a confiança no futuro. Os ativos cujos contratos foram assinados constam do programa de privatizações do executivo, que vai continuar a beneficiar da confiança dos investidores", referiu na ocasião o governante angolano.

Segundo Osvaldo João, nenhum dos ativos foi alienado abaixo de 80% do preço de referência, tendo um deles superado a base de licitação.

"O programa de privatizações irá prosseguir, apesar das atuais circunstâncias adversas e vai cumprir com o seu papel na dinamização da economia", disse Osvaldo João.

A Fazenda Agroindustrial de Camaiangala, com uma área de 19 mil hectares, incluindo uma fábrica de processamento de cereais e estrutura para a pecuária, foi adquirida pelo Grupo FF Empreendimentos pelo valor de 9,7 mil milhões de kwanzas (16 milhões de euros).

Os restantes ativos a alienar neste concurso, lançado em junho de 2019, foram adquiridos pelas empresas Fazenda Peróla do Kikuxi, Telgest, Sociedade Agropecuária do Bailundo e o Grupo Edson Droves.

Segundo o Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE) faziam também parte do concurso outros ativos, nomeadamente o Matadouro Modular de Malanje, uma fábrica de latas, outra de processamento de tomate e o Entreposto Frigorífico de Dombe Grande, o Entreposto Frigorífico do Namibe e os complexos de silos da Caconda, Caála, Catabola, Ganda e Matala, cujas propostas ficaram abaixo dos valores iniciais e não foram aceites pela comissão de negociação.

 

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