
Segundo o banco central, "este resultado reflete as capacidades de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras (respetivamente de 4,4% e 1,5% do PIB) que, em conjunto, excederam as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras (de 2,8% e 2,4% do PIB)".
O Banco de Portugal identifica ainda as relações de financiamento entre os vários setores da economia portuguesa e desta com o resto do mundo, destacando que os particulares e as empresas não financeiras financiaram as empresas financeiras em 4,8% e 3,2% do PIB, respetivamente. Já estas financiaram as administrações públicas em 9,7% do PIB.
As administrações públicas financiaram, por seu lado, os particulares e o resto do mundo em 1,2% e 5,5% do PIB, respetivamente, enquanto o resto do mundo financiou as sociedades não financeiras em 4,9% do PIB.
Face a 2020, diz o Banco de Portugal que as alterações mais significativas nos fluxos de financiamento foram o aumento do financiamento líquido das empresas não financeiras às sociedades financeiras (em 3,1 pontos percentuais), o aumento do financiamento líquido das empresas financeiras às administrações públicas (em 5,3 pontos percentuais).
Já as administrações públicas inverteram a relação de financiamento com o resto do mundo, passando a ser um dos seus setores financiadores (em 5,5% do PIB) e o resto do mundo financiou as empresas financeiras (em 0,2% do PIB), contrariamente ao financiamento concedido pelas sociedades financeiras ao resto do mundo no ano anterior (3,8% do PIB).
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