
Impedido de participar na edição 2025/26 do campeonato feminino depois de falhar a licença obrigatória da Federação Portuguesa de Futebol, o Damaiense interpôs junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) uma providência cautelar a contestar a não inscrição na Liga, tendo recebido luz verde do Tribunal Central Administrativo Sul para integrar a competição.
«Face ao exposto, julga-se procedente a providência cautelar requerida, ordenando-se que a Requerida [FPF], no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, pratique todos os atos necessários à admissão e integração imediata, ainda que a título provisório, da Requerente [Damaiense] no Campeonato Nacional Feminino da 1.ª Divisão», indica a decisão assinada pela juíza desembargadora presidente Tânia Meireles da Cunha, do Tribunal Administrativo Central Sul, datada de 1 de julho.
A decisão inicial de não integrar a equipa — apesar de, a nível desportivo, ter garantido a permanência —, esteve relacionada com incumprimentos em critérios como infraestruturas, recursos humanos e questões financeiras, tendo o clube sempre contestado a avaliação da Comissão de Licenciamento.
Recorde-se que o Damaiense alterou a sede social para Loulé, definindo o Estádio Municipal do Algarve como recinto para os jogos da equipa, contudo o clube «nunca logrou demonstrar e provar que até ao final do procedimento estivesse inscrita na Associação Distrital do Algarve», segundo o documento da FPF.
Agora, foi determinado pelo tribunal que o organismo responsável pela competição seja integrado na equipa.