Bruxelas, Lisboa e Milão, por diferentes motivos, são destinos turísticos apetecíveis. Mas para adeptos do Atlético Madrid, talvez esse não seja o caso: são estas as cidades em que perderam três finais da Taça dos Campeões Europeus/UEFA Champions League, respetivamente com Bayern em 1974 e depois com o Real Madrid em 2014 e em 2016. 

Mas recuemos a essa primeira derrota, histórica pelos contornos apresentados. Luis Aragonés, segundo melhor marcador do Atleti, só recentemente suplantado por Antoine Griezmann, adianta os colchoneros aos 114 minutos de jogo. Só que aos 120’, um remate formidável de Schwarzenbeck sela o empate final. E pela última vez, o campeão europeu seria decidido numa finalíssima, dois dias depois.  

Aí não houve hipóteses. 4-0 para o Bayern, cortesia dos bis de Gerd Muller e Uli Hoeness. Começava uma era de domínio teutónico sobre o desporto-rei, enfatizado pelo Mundial 1974 e pelas três Orelhudas consecutivas levantadas pelo Bayern nesta década. 

Só faltava ao clube alemão subir aos píncaros do futebol de clubes e enfrentar o Independiente (ainda hoje o maior vencedor de sempre da Libertadores, com sete triunfos) na Taça Intercontinental. Mas os bávaros recusaram jogar a final de duas mãos, já em 1975, na Argentina e em casa, por problemas financeiros e de congestionamento do calendário. 

Assim, o vice-campeão europeu foi convidado a substituir o Bayern. Perdeu a 1.ª mão na Argentina (0-1), mas deu a volta em casa (2-0), já com Aragonés enquanto treinador. 

Se clube como o Nottingham Forest e Urawa Red Diamonds são raros – clubes com pais provas continentais do que campeonatos nacionais – o Atlético é mesmo o único clube que já ganhou uma prova intercontinental de clubes, sem nunca ter ganho a maior prova do próprio continente.  

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