"Na noite de 21 para 22 de dezembro de 2019, no porto de Libreville, foram cometidos ataques de piratas (...) contra quatro navios", disse o porta-voz do Governo Edgard Anicet Mboumbou Miyakou, citado pela agência AFP.

"Os ataques infelizmente levaram à morte de um capitão do Gabão e ao sequestro de quatro funcionários (...) de nacionalidade chinesa", acrescentou o porta-voz.

As forças de defesa e segurança "tomaram medidas" para "proteger a área e procurar os autores com a cooperação da Interpol e de organizações sub-regionais", disse o responsável.

Os ataques, realizados em lanchas rápidas por atacantes não identificados, ocorreram na ancoragem dos navios.

Duas das embarcações atacadas são barcos de pesca pertencentes à empresa sino-gabonesa Sigapêche, onde trabalhavam os quatro funcionários de nacionalidade chinesa que foram sequestrados.

O terceiro barco pertence à empresa de navegação Satram, com sede em Port-Gentil, no Gabão, onde trabalhava o capitão gabonês que foi morto.

O último barco é o cargueiro "Tropic Dawn ", com a bandeira do Panamá.

O Golfo da Guiné, que se estende desde as costas do Senegal até às de Angola e da Nigéria, em 5.700 quilómetros, tornou-se nos últimos anos um refúgio de piratas e o novo epicentro desse tipo de ataque, pilhagem de navios e sequestros por resgate.

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