"A UE condena os atos de violência" na Colômbia, disse o porta-voz do executivo comunitário para a Política Externa, Peter Stano, salientando ser "prioritário pôr fim à escalada desta violência e evitar qualquer uso desproporcionado da força pelas forças de segurança".

A UE salientou ainda contar com as instituições colombianas "para investigar e trazer à justiça os responsáveis pelas violações dos direitos humanos e das liberdades".

Um balanço oficial indicou que 19 pessoas morreram, incluindo um polícia, e quase 850 ficaram feridas, 306 das quais civis.

O Presidente colombiano, Ivan Duque, anunciou no domingo à noite que vai deixar cair a reforma fiscal em apreciação no parlamento e que esteve na origem dos protestos, retirando os principais focos de contestação: o aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado sobre bens e serviços e o alargamento da base tributável para os impostos sobre o rendimento.

O projeto tem despertado fortes críticas, tanto da oposição como dos sindicatos que organizaram a mobilização de 28 de abril e até de representantes do partido no poder por acreditarem que a reforma irá afetar em demasia a classe média.

A reforma fiscal é também considerada "inoportuna" em plena pandemia de covid-19, que agravou a crise económica no país.

As Nações Unidas condenaram também hoje "o uso excessivo de força" pelas forças de segurança colombianas durante os protestos, em particular, em Cali, no oeste do país.

"Estamos profundamente alarmados com os acontecimentos na cidade de Cali, na Colômbia, onde a polícia abriu fogo contra manifestantes que se opõem à reforma tributária, matando e ferindo várias pessoas de acordo com as informações disponíveis", disse Marta Hurtado, porta voz da alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, em conferência de imprensa em Genebra.

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