A decisão foi votada na quinta-feira por uma das assembleias distritais de Praga (a sexta), capital da República Checa, e realizada hoje, apesar da embaixada russa ter condenado a medida e enviado uma nota de protesto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros checo, na qual se referia à retirada da estátua como "uma demolição".

A estátua do marechal Ivan Konev, que liderou as forças do Exército Vermelho que entraram em Praga em 9 de maio de 1945 e libertaram a maior parte da Checoslováquia das forças nazis, foi erguida em 1980, quando o país estava ocupado por tropas soviéticas.

O monumento tem sido alvo de controvérsia desde a queda do comunismo, em 1989, por causa do alegado papel de Konev na repressão da revolta húngara de 1956 e na construção do Muro de Berlim em 1961.

A Rússia protestou veementemente quando foi distribuído um texto a descrever o que o marechal terá feito depois de 1989, mas p presidente da câmara do departamento 6 de Praga, Ondrej Kolar, alegou que as autoridades querem dar às pessoas "informações completas que não ocultem o que aconteceu".

 O local foi, várias vezes, alvo de atos de vandalismo e os representantes de Praga 6 concordaram, no ano passado, com a proposta de Kolar de remover a estátua.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e o Presidente checo pró-russo, Milos Zeman, condenaram a decisão, mas um guindaste levantou hoje a estátua do pedestal onde se encontrava e levou-a para um museu, deixando o local livre para o projeto das autoridades locais de ali colocar um novo monumento para homenagear os libertadores do país na Segunda Guerra Mundial.

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