O chefe de Estado, que falava à imprensa depois de presidir à reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, disse que o país tem de reintroduzir critérios objetivos para a incorporação de cidadãos nas Forças Armadas.

"Isso é que é o dever de cidadania. Não se pode pegar nas pessoas, um sobrinho ou o filho que não tem trabalho para o colocar nas Forças Armadas. Não. Tem de haver critério nas Forças Armadas para quem quer ser militar tem que ter no mínimo 12.º ano", observou Sissoco Embaló.

O Presidente guineense apontou o seu próprio exemplo para esclarecer a decisão das autoridades em reintroduzir o SMO, que deixou de ser observado a partir dos anos 90 do século passado.

"Vai ser como no nosso tempo, quando fomos recrutados. Foi nas Forças Armadas que conseguimos uma bolsa de estudo e fomos estudar", em Portugal, disse Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado disse também que a reunião serviu para abordar a retirada para breve da força de interposição dos Estados da África Ocidental (Ecomib), estacionada na Guiné-Bissau desde 2012, na sequência de um golpe militar.

A Ecomib, que foi acantonada em março pelo Presidente guineense, acabou por não deixar o país devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, que levou ao encerramento de fronteiras e à suspensão de voos para a Guiné-Bissau.

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