Dos novos doentes, 27 são moçambicanos e um é sul-africano, disse a diretora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, falando durante a conferência de imprensa de atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.

Os novos casos estão distribuídos pelas províncias de Cabo Delgado (16), Nampula (08), Niassa (03) e Sofala (01).

Os doentes encontram-se em isolamento domiciliar e decorre o processo de identificação dos seus contactos.

Das 816 infeções registadas em Moçambique, 746 são de transmissão local e 70 são importadas, enquanto 223 são dados como recuperados.

O país tem 586 casos ativos, dos quais oito estão internados, avançou ainda a diretora de saúde.

As províncias de Nampula e Cabo Delgado, no norte de Moçambique, são as que registam o maior número de infeções pelo novo coronavírus, com 235 e 145 casos, respetivamente.

As autoridades de saúde anunciaram ainda o óbito de uma pessoa que era dada como recuperada da infeção pelo novo coronavírus, considerando que a vítima morreu de outras doenças.

Segundo as autoridades, o homem, de 88 anos, deu entrada numa unidade sanitária no dia 15, tendo sido feitos os testes nos dias 22 e 24, com resultados negativos.

"Fizemos dois testes e deram negativo e, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde, já estava recuperado", disse Rosa Marlene.

Este é segundo caso em que um indivíduo que esteve infetado pelo novo coronavírus morre devido a doenças associadas, segundo as autoridades moçambicanas.

Desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em Moçambique, a 22 de março, o país realizou 27.123 testes de casos suspeitos, tendo rastreado mais de 1 milhão de pessoas.

Foram colocadas em quarentena domiciliária 20.264 pessoas suspeitas de covid-19 e 2.337 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.

Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes até 29 de junho.

Estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

EYAC // JH

Lusa/Fim