
O acidente ocorreu quando as vítimas, que recebem tratamento no Hospital Municipal do Cuanhama, tentavam cortar um projétil de morteiro de 82 milímetros para retirar mercúrio.
Segundo Romano Ndahangelao, de 47 anos, um dos feridos, foi chamado para cortar o engenho de modo a retirar o mercúrio.
O médico em serviço no banco de urgência, Nelson Vakumuifange, citado pela agência noticiosa angolana Angop, informou que o paciente mais grave apresenta fratura no braço direito, enquanto os restantes, com feridas perfurantes no tórax e na tíbia, estão clinicamente estáveis.
Angola já registou este ano pelo menos 55 acidentes com minas e explosivos não-detonados, segundo o assessor da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), Adriano Gonçalves, acrescentando que o país possui ainda 613 áreas afetadas por minas.
Segundo o registo provisório até à data, a maior parte dos acidentes deu-se com artefactos explosivos não-detonados (bomblets - munições, ?rockets', entre outros, lançados por via aérea ou terrestre, através de artilharia, que se espalham pelo solo e não explodem).
A província do Cunene tem pelo menos 35 zonas suspeitas de minas, que se encontram sem intervenção desde 2017, nos municípios do Cuanhama, Cuvelai, Namacunde, Cahama e Ombadja.
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