
"Num gesto que visa simultaneamente beneficiar os nossos empresários, os produtos alimentares foram adquiridos no mercado local", explicou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, durante uma cerimónia simbólica de entrega do donativo em Maputo.
Além de óleo, arroz e farinha, segundo a governante, do donativo consta também material médico de prevenção contra a covid-19.
"É um gesto que não nos passou despercebido e, por isso, gostaríamos de expressar os nossos sinceros agradecimentos", acrescentou Verónica Macamo, lembrando que a China foi o primeiro país a apoiar Moçambique com vacinas contra a covid-19.
Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.
O mais recente ataque ocorreu em 24 de março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.
As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.
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