De acordo com o comunicado da central, que se encontra na Estremadura espanhola a cerca de 100 km em linha reta da fronteira portuguesa, a paragem automática da unidade II teve lugar às 10:06 de hoje.

As causas do encerramento do segundo reator nuclear da central foram o registo de "um sinal de terra em lógica", que ocasionou "a abertura do interruptor principal do comboio A", estando no momento da notificação a unidade II "estabilizada no modo 3".

A direção da central de Almaraz também informou que, uma vez verificada a origem do sinal, comprovadas as ações corretas dos sistemas durante o período transitório, e executados os testes, se iria proceder ao arranque da dita unidade (reator II).

"Este encerramento não teve qualquer impacto na segurança das pessoas ou do ambiente", assegurou a central nuclear.

Sempre que há um "incidente" numa central nuclear em Espanha, este tem de ser imediatamente notificado à entidade que supervisiona o setor, neste caso o Conselho de Segurança Nuclear.

Os proprietários da central - Iberdrola (52%), Endesa (36%) e Naturgy (11%) - chegaram no início de 2019 a um acordo com o Governo espanhol para continuarem a atividade de produção de energia elétrica até 2028.

Segundo o compromisso, o reator I estará a funcionar até 2027 e o II até 2028.

As cinco centrais nucleares espanholas - Almaraz (Cáceres), Vandellós (Tarragona), Ascó (Tarragona), Cofrentes (Valência) e Trillo (Guadalajara)-, que têm um total de sete reatores nucleares, cumprem 40 anos de vida útil entre 2023 (Almaraz) e 2028 (Trillo).

A central nuclear de Almaraz situa-se a cerca de 100 km de Portugal, numa das margens do rio Tejo.

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