Nala é uma rafeira de porte médio, com olhos pequenos e tendência para posar de língua de fora. Quando Emiliano Sala a adotou, há três anos, ela e o futebolista argentino tornaram-se logo inseparáveis, perceberam os fãs pelas constantes imagens dos dois nas redes sociais. Quase 15 dias depois de o monomotor em que o jogador seguia desaparecer dos radares, sobre o Canal da Mancha, ninguém estranhou, por isso, ver no Facebook da sua irmã uma fotografia da cadela, sentada à porta de casa, com a frase: “Nala também te espera...” Não demoraram os gostos e os comentários a essa publicação de Romina Sala, partilhada milhares de vezes até o corpo de Emiliano ser avistado no fundo do mar, a cerca de 63 metros de profundidade. E, no dia em que ele foi finalmente velado, no ginásio do Club San Martín, próximo da aldeia onde nascera, tornava-se viral mais uma fotografia da cadela, desta vez deitada à entrada do local do velório. Não é a primeira vez que é notícia um cão à espera do seu dono, nem será com certeza a única. O caso mais famoso é o de Hachiko, que durante quase dez anos foi todos os dias à estação de comboios Shibuya, em Tóquio, onde costumava ir com o dono.