A Força Aérea Portuguesa vai apoiar a Embraer nos estudos de adaptação do avião KC-390 Millennium para missões de Reconhecimento, Vigilância e Informações (RVI), no âmbito de uma parceria que envolve também a Força Aérea Brasileira.

O protocolo de colaboração foi formalizado no dia 1 de abril, na feira LAAD Defense & Security, que decorre no Brasil, com a presença do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General João Cartaxo Alves.

O objetivo da parceria é dotar a aeronave de novos sistemas e equipamentos que permitam o desempenho de missões de RVI, sem comprometer as suas capacidades multimissão já existentes. De acordo com a Embraer, os estudos realizados identificaram soluções para a integração de sensores, estações de trabalho, armas e outros sistemas de missão, tirando partido da flexibilidade, robustez e sistemas de comunicação e autoproteção do KC-390.

O General João Cartaxo Alves destacou dois aspetos da colaboração: por um lado, o reconhecimento da Embraer à Força Aérea Portuguesa como «parceira estratégica fundamental» no desenvolvimento dos seus produtos; por outro, a oportunidade de «alargar o espetro de missões do KC-390, criando-se condições para que venha também a ser empregue nas missões de RVI e de patrulhamento marítimo».

A Força Aérea Portuguesa opera o KC-390 desde 2022, através da Esquadra 506 – “Rinocerontes”, sediada na Base Aérea N.º 11, em Beja. A missão principal da aeronave é o transporte aéreo tático. Das cinco unidades adquiridas, já foram entregues duas. A estas junta-se um simulador, atualmente em fase de montagem, cuja entrada em operação está prevista para junho.