
A concelhia do partido CHEGA de Azambuja veio esta segunda-feira repudiar a participação do cantor Nininho Vaz Maia na próxima edição da Feira de Maio de Azambuja, que decorre na vila de 22 a 26 de maio.
Para o partido a atuação do artista a 24 de maio, sábado, vai contra os valores que se defendem na bi-centenária Feira de Maio, “um encontro entre vizinhos, amigos, familiares e visitantes”. “Na nossa Feira a figura do Campino, do Cavalo Lusitano e do Toiro Bravo são exaltadas como símbolos maiores do nosso Ribatejo”, acrescentam, considerando que o facto de ali ser celebrada a “identidade rural, equestre e tauromáquica de Azambuja”, são valores “ofendidos” pela presença do artista, no entendimento do CHEGA.
“Como é do conhecimento geral, o cantor em causa não é só conhecido pelo seu brilhantismo musical, mas também por um passado ligado à prática de rixas e, na atualidade, por ser constituído arguido por fortes suspeitas de branqueamento de capitais aliada a uma rede suspeita de tráfico de droga”, refere o partido em comunicado, que recorda ainda que atualmente Nininho Vaz Maia, que goza do estatuto da presunção de inocência, “subsiste o passado criminal, com condenação com trânsito em julgado, e atualmente, a constituição de arguido por fortes suspeitas aliadas à prática de crimes graves”.
“Achamos que esta contratação não dignifica os valores da festa para a qual foi contratado pelo atual Executivo Municipal em Funções, que não deveria ir atrás de modas e pluralidade de gostos, mas sim respeitar o Homem Ribatejano”, afirma a concelhia do partido, que entende que é necessário preservar os valores da Festa Brava e passá-los às gerações vindouras.
“Esperamos honestamente que com esta contratação o Executivo Municipal em Funções não deixe um dano irreparável na nossa Festa”, conclui o partido.