"O colonialismo português, sobretudo a partir dos anos 40, realiza aquilo a que podemos chamar um pacto, fundamentalmente com a igreja católica, em que a catolicização do sistema colonial e a administração colonial vão de par a passo", afirmou, em entrevista à agência Lusa o investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

António Costa Pinto sublinhou a antiga presença das missões protestantes e de outros credos religiosos cristãos em África e no colonialismo português: "Muita da socialização, por exemplo, da dinâmica de fuga de militantes independentistas, fundamentalmente em Angola, mesmo de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e até de Moçambique, são feitas a partir de missões protestantes, muitas vezes de origem norte-americana".