Em conferência de imprensa, as autoridades detalharam que 856 pessoas estão em quarentena em três hotéis designados pelo território.

"Entre estes, 717 são residentes ou turistas de Macau e 139 trabalhadores não residentes", acrescentaram.

Os restantes encontram-se a fazer quarentena obrigatória em casa.

As autoridades decretaram esta semana a obrigatoriedade de quarentena num local designado a todos os que regressem ao território.

Só na quinta-feira, "384 recém-chegados necessitaram de 14 dias de observação médica devido à permanência em áreas de alta incidência, incluindo 234 residentes de Macau e 150 não residentes de Macau", informaram as autoridades.

Depois de 40 dias sem novos casos da Covid-19, Macau registou entre segunda-feira e hoje sete novos casos importados, a maioria trabalhadores não-residentes, razão que terá motivado o reforço das restrições à entrada no território.

Antes, Macau registava dez casos de infeção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar.

Devido ao ressurgimento do surto, Macau impôs quarentena obrigatória a todos os que chegam ao território, à exceção daqueles que chegam da China continental, Hong Kong e Taiwan e proibiu a entrada de trabalhadores não residentes em Macau, à exceção daqueles oriundos Taiwan, Hong Kong e da China continental.

Nos últimos dias tem se registado um aumento do número de residentes do território a regressaram, especialmente estudantes que voltam a casa porque a maioria das escolas na Europa encontram-se encerradas.

Segundo as autoridades, neste momento encontram-se em Hong Kong 285 residentes ou estudantes de Macau, que chegaram de destinos internacionais, à espera de quatro carros que os trarão de volta ao território.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.

A China, por sua vez, informou não ter registado novas infeções locais pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar, com 39 infeções oriundas do exterior.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.967 infeções diagnosticadas, incluindo 71.150 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.248.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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