Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,94%, para os 29.102,51 pontos.

Os outros índices mais emblemáticos de Wall Street -- o tecnológico Nasdaq e o alargado S&P500 -- fecharam com o mesmo nível de desvalorização (0,54%), o primeiro a fechar nas 9.520,51 unidades e o segundo nas 3.327,71.

No conjunto da semana, porém, o Dow Jones progrediu 3,00%, o Nasdaq avançou 4,04% e o S&P500 ganhou 3,17%. Estes três emblemáticos índices da praça nova-iorquina tinham encerrado em níveis inéditos na quinta-feira.

"A semana foi sempre muito intensa e não é raro ver os índices desvalorizarem devido à realização de lucros pelos investidores", estimou Art Hogan, da National Holdings.

Os investidores fizeram, assim, na opinião deste analista do mercado, prova de prudência "caso haja más notícias sobre o coronavírus durante o fim de semana".

O balanço da crise sanitária continuou a agravar-se hoje, com 31.161 pessoas contaminadas na parte continental da China, das quais 636 morreram.

No resto do mundo, mais de 300 casos de contaminação foram confirmados em cerca de 30 Estados e territórios, dos quais dois mortais, em Hong Kong e Filipinas.

O impacto económico do novo coronavírus continua incerto. Nos EUA, os resultados das empresas e os indicadores divulgados durante a semana passaram a imagem de uma economia forte.

O relatório sobre o mercado de trabalho reforçou esta ideia, com a economia a criar mais emprego do que esperado, em particular na construção e saúde.

Certo que a taxa de desemprego aumentou 0,1 pontos percentuais, para 3,6%, mas isso é atribuído ao facto de mais 183 mil pessoas terem entrado no mercado de trabalho.

O salário horário, por seu lado, aumentou 0,25% em relação ao mês anterior, um pouco abaixo do esperado pelos analistas. Comparado com janeiro de 2019, progrediu 3,1%, acima da inflação, que foi de 2,3%.

No seu conjunto, o relatório é positivo para os investidores porque as criações de emprego são "encorajadoras" e a subida dos salários "não acelerou o suficiente para fazer recear uma subida iminente das taxas de juro", realçou Patrick O'Hare, da Briefing.

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