Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average baixou 0,84%, para 34.577,57 pontos, o S&P500 perdeu 0,57%, para as 4.443,05 unidades, e o tecnológico Nasdaq retrocedeu 0,45%, para as 15.037,76 unidades.

Todos os setores fecharam em baixa, mas os mais afetados foram o da energia (-1,54%), o financeiro (-1,41%), o industrial (-1,23%) e o das matérias-primas (-1,16 %).

Wall Street tinha aberto em alta, graças ao anúncio de uma taxa de inflação em agosto nos EUA abaixo do esperado, em 0,3%, face aos 0,4% antecipados.

Mas, como foi o caso em várias ocasiões desde há 10 dias, "cada vez que há uma subida, é efémera e transforma-se em ocasião de venda", comentou Karl Haeling, do banco alemão LBBW.

No fim da primeira semana de setembro, o Nasdaq e o S&P500 registaram respetivamente os seus 35.º e 54.º recordes desde o início do ano.

Depois, os índices deixaram de subir e o Dow Jones registou hoje a sua quinta descida em seis sessões.

"É natural que os investidores façam uma pausa e efetuem uma consolidação", estimou Karl Haeling.

"Mas penso que a tendência de fundo continua a ser a de subida. Sou um pouco cético quanto à ideia de que começámos uma correção nítida", como já deram a entender alguns analistas, referiu o analista do LBBW.

O mês de setembro é tradicionalmente difícil para os mercados acionistas.

Para Karl Haeling, os investidores estão a digerir progressivamente as notícias que apontam para uma diminuição do crescimento da economia dos EUA, a consolidação da variante delta do novo coronavirus no país e a perspetiva de uma redução das compras de ativos pelo banco central norte-americano no próximo mês.

As negociações sobre os dois planos de estímulo massivos do governo Biden, cujo avanço permanece incerto, somam-se às incertezas do contexto.

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