
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,24%, para os 28.323,40 pontos, e o alargado S&P500 recuou 0,03%, para as 3.509,44 unidades.
Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq acabou com uma escassa variação positiva, de 0,04%, para os 11.895,23 pontos.
No conjunto da semana, e depois das fortes subidas ocorridas até quinta-feira, o S&P500 avançou 7,3%, o Dow 6,9% e o Nasdaq 9%.
Contagem de votos continuava hoje a avançar a conta-gotas e nenhum meio de referência tinha designado o vencedor das eleições na altura do fecho da sessão em Wall Street, apesar de Joe Biden surgir mais bem situado do que Donald Trump para ganhar.
A possibilidade de um presidente democrata em coabitação com um Senado que até agora parecia ir ficar sob domínio republicano galvanizou os investidores nas últimas sessões.
Tal configuração evitaria qualquer reforma significativa, em particular as subidas de impostos sobre os mais ricos, os ganhos em bolsa e as grandes empresas, como os democratas defendem.
Sobre o dia de hoje, Art Hogan, da National Holdings, considerou que, perante as valorizações recentes, "não é surpreendente que o mercado faça uma pausa".
Entretanto, uma eleição no Estado da Geórgia para o Senado federal vai ter uma segunda volta e uma outra pode vir a ter a mesma direção.
"A possibilidade de os democratas ganharem tudo volta a estar sobre a mesa", realçou Mike Schumacher, do Wells Fargo. Estes resultados só vão ser conhecidos em janeiro.
Por sua vez, na frente dos indicadores macroeconómicos, foi divulgado que a taxa de desemprego em outubro baixou para 6,9%.
Esta percentagem é inferior em um ponto à de setembro, situando-se bem abaixo das expectativas dos economistas que esperavam 7,7%.
Para a semana que vem, Hogan admitiu que as atenções dos investidores se voltem a virar para a pandemia, o que pode vir a colocar o mercado acionista sob pressão.
Na realidade, os EUA acabam de registar recordes de novos casos de infeções e os investidores "podem vir a recear novas restrições nos EUA e inquietar-se com uma retração das despesas de consumo", justificou.
RN // RBF
Lusa/fim