Em declarações à Lusa à margem de um encontro com jornalistas, o responsável do FAS adiantou que está previsto distribuir inicialmente 3.000 telemóveis e fazer o arranque da iniciativa, em parceria com a operadora de telecomunicações Unitel, no Quiculungo (Cuanza Norte).

Neste momento estão a ser formados agentes de desenvolvimento comunitário para fazer o cadastro e educar os beneficiários sobre a utilização dos telemóveis, indicou o diretor do FAS, entidade que implementa o Kwenda.

Os valores serão transferidos para a Unitel que, por sua vez, fará a transferência do valor para o telemóvel do beneficiário.

"Recebe um código e vai a um agente local da Unitel fazer o levantamento do dinheiro", explicou Belarmino Jelembi, acrescentando que os telefones vão ser distribuídos gratuitamente.

O programa Kwenda, que está numa fase piloto, abrange para já cinco municípios e conta com 10.674 agregados familiares, dos quais 5.774 receberam já pagamentos

Até ao final de dezembro, segundo Belarmino Jelembi, o Kwenda vai chegar a mais de 300 mil famílias e 15 municípios, que correspondem à "expansão" do programa, envolvendo 900 agentes de desenvolvimento comunitário.

Os pagamentos no valor de 8.500 kwanzas por mês (cerca de 12 euros), e por família, são pagos trimestralmente (25.500 kwanzas ou 35 euros) e durante um ano.

O programa conta com um financiamento de 420 milhões de dólares (359 milhões de euros), dos quais 320 milhões de dólares (274 milhões de euros) financiados pelo Banco Mundial, que se vai prolongar até 2023.

Segundo Belarmino Jelembi, o objetivo é implementar o programa em quatro dimensões: transferência monetárias, inclusão produtiva, municipalização da ação social e cadastro social único.

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