O alerta foi feito no ato de assinatura, em Bissau, do acordo do reforço do plano estratégico entre o PAM e o Governo da Guiné-Bissau para vigorar até 2027.

O acordo foi rubricado, pela parte guineense, por Ude Fati, secretária de Estado da Cooperação Internacional.

Citando as palavras do diretor-executivo do PAM, João Manja afirmou que este alertava sobre a possibilidade de o ano de 2023 ser escasso em termos de comida em todo o mundo.

A situação seria potenciada por "impactos convergentes", nomeadamente os conflitos, as consequências da pandemia de covid-19, as alterações climáticas e a inflação.

"Em 2023, o número de guineenses em situação de insegurança alimentar deverá aumentar com mais de 117 mil pessoas a sofrer de fome", adiantou o moçambicano João Manja.

O responsável cita estes dados a partir do quadro harmonizado de 2022.

João Manja afirmou que o PAM conta com o Governo e demais parceiros da Guiné-Bissau para enfrentar a situação e alertou sobre o facto de nenhuma instituição ser capaz de fazer face ao problema de forma isolada.

"Nunca será possível na Guiné-Bissau qualquer agência (das Nações Unidas), qualquer organização vencer esta luta se não for através de ter um plano estratégico enraizado nos objetivos primordiais da visão do Governo", observou Manja.

A secretária de Estado da Cooperação Internacional da Guiné-Bissau compreendeu o alerta do PAM, mas disse que o Governo conta com as sinergias e com os parceiros internacionais para enfrentar o problema.

No caso do PAM, Udé Fati espera que o programa rubricado possa trazer alívio à população guineense, confrontada com os efeitos dos problemas nefastos que afetam todo o mundo.

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