
Apesar do EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) negativo, o Galaxy Entertainment, que em 2019 arrecadou 4,1 mil milhões de dólares de Hong Kong (450 milhões de euros), conseguiu subir 31%, quando comparado com o desempenho entre julho e setembro.
Uma subida que a empresa justificou pelo esforço realizado na contenção dos custos, num momento em que a capital mundial do jogo sofre o impacto económico da pandemia de covid-19, com apenas algumas dezenas de milhares de turistas chineses a entrarem no território, quando no ano passado a média mensal de visitantes rondava os três milhões.
O regresso dos vistos generalizados na China continental, o principal mercado turístico de Macau, foi destacado pelo presidente do grupo. Mas Lui Che Woo admitiu que esta medida ainda não teve um impacto no terceiro trimestre.
Na informação enviada à Bolsa de Hong Kong, o Galaxy afirmou que continua apostado em investir em Macau e nos planos de expansão do grupo, em especial no Japão.
Com os vistos turísticos da China para Macau suspensos, o número de visitantes provenientes do interior da China chegou a cair este ano na ordem dos 90%, em termos anuais, com os casinos a registarem perdas sem precedentes, mas com uma ligeira recuperação neste terceiro trimestre, ainda assim muito longe dos resultados alcançados em anos anteriores.
Capital mundial do jogo, Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal. Três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn) e três subconcessionárias (Venetian, MGM e Melco) exploram casinos naquela que é muitas vezes apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registados naquela cidade norte-americana.
Macau registou 46 infetados com o novo coronavírus desde o início da pandemia, mas não tem qualquer caso ativo e nunca detetou um surto local. Há mais de três meses que não regista qualquer caso.
JMC // PTA
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