"Evidenciamos aquilo que existe de único, de especial, em cada um dos pontos em que estamos presentes. É de facto algo que tem agradado muito aos nossos clientes e que faz com que a nossa atividade desde o início tenha vindo sempre a crescer. Nem mesmo durante os momentos de pandemia sentimos um retroceder nos números e no volume de superiates que temos recebido nos nossos portos", explicou a diretora geral, Andreia Santos, à margem da Feira Internacional de Cabo Verde, que arranca hoje na Praia, onde as empresas do Grupo ETE, como a marca 'Atlantys' da Navex, estão representadas.

Das várias geografias onde a 'Atlantys' promove a sua atividade -- Cabo Verde, Portugal Continental, Açores e Madeira - o Grupo ETE assistiu aproximadamente a 80 escalas destas embarcações, acima de 24 metros, só este ano, o que reflete a procura em crescendo destes serviços especializados, como um incentivo ao turismo.

De acordo com Andreia Santos, trata-se de uma atividade iniciada em 2019, que vem complementar a atividade do agenciamento tradicional dos navios, e que está focada em oferecer uma "experiência única e memorável" ajustada aos requisitos específicos exigidos pelos seus clientes, em cada um dos destinos onde os recebe. Algo que é concretizável, disse, face às infraestruturas, 'know-how' de mercado e equipas locais, que acompanham de forma personalizada todas estas escalas.

Em 2019, a 'Atlantys' assegurou 25 escalas de superiates, envolvendo Portugal continental, os arquipélagos dos Açores e da Madeira, e Cabo Verde, número que subiu para 40 em 2020 e que já vai em cerca de 80 este ano. Um "contexto entusiasta", na medida em que a época alta deste nicho de mercado, sobretudo em Cabo Verde, só arranca em outubro.

Em Cabo Verde, a 'Atlantys' já garantiu este ano e até ao momento, cinco escalas destes superiates, essencialmente no Porto Grande, Mindelo, ilha de São Vicente, mas espera que este número se mantenha crescente até ao final do ano e a cobrir outras ilhas, a nível nacional.

"Cabo Verde é estratégico e é um mercado crescente", garantiu Andreia Santos, explicando que os superiates que fazem escalas naquele arquipélago estão nas tradicionais rotas entre a Europa e as Caraíbas, como os que utilizam os portos portugueses, mas também nas rotas do sul de África.

A responsável da marca 'Atlantys' salienta igualmente que "surgiu a oportunidade de encontrar no segmento dos superiates um negócio interessante e que tem sido pouco explorado nas nossas geografias".

"Este cliente procura em primeiro lugar os serviços de agenciamento tradicionais, que passam por todos os formalismos necessários para uma escala, quer num porto quer numa marina e ainda por. Todo um suporte logístico e técnico que é necessário dar aquando da embarcação em porto", recordou.

Contudo, explicou, a "vantagem competitiva e que prima pela diferença", oferecida pela 'Atlantys' a estes superiates, distingue-se pelos "serviços de 'concierge' personalizados" proporcionados a este segmento de clientes: "Tudo aquilo que um superiate pode necessitar para as suas tripulações, para os seus convidados ou para o seu dono, de atividades enquanto está em porto e que vai para além daquilo que era habitualmente prestado nas nossas geografias, que passava pelo abastecimento de combustível, de mantimentos, destes serviços que consideramos essenciais".

"A abordagem da Atlantys, ao perceber que existia uma procura cada vez maior pelas nossas geografias para estes serviços essenciais de agenciamento foi fazer a promoção do destino. Então, a criação da Atlantys como marca para promoção de Cabo Verde e de Portugal no mercado dos superiates foi essencialmente a divulgação do destino em primeiro lugar. Mostrar aquilo que temos de único, de diferente, e o motivo pelo qual eles nos devem visitar, trazer as suas embarcações e permanecer nas nossas geografias", acrescentou.

Para a responsável da 'Atlantys', este nicho dos superiates num país voltado para o turismo, como é o caso de Cabo Verde, é algo "a explorar", até pelo facto de o arquipélago estar a apresentar-se internacionalmente como "um destino seguro", mesmo durante a pandemia de covid-19.

"Não só o Mindelo é uma opção para efeitos de serviços especiais de agenciamento e de logística, como todas as outras ilhas poderão ser potenciadas. Falamos de Santo Antão, falamos de ilhas de menor dimensão, é isso que também procuramos fazer. Somos mais do que um agente de navegação, somos um 'influencer' para este tipo de público, porque acabam por nos pedir sugestões sobre o que visitar, o que fazer, que portos escalar", explicou ainda Andreia Santos.

PVJ // JH

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