
"A Ansa é a maior agência de notícias da Itália, nasceu em 1945 e tem uma grande experiência", afirmou o presidente da Lusa, Joaquim Carreira, à margem da assinatura do protocolo de cooperação, que decorreu na sede da agência portuguesa em Lisboa e contou com a presença do embaixador de Itália em Portugal.
O gestor salientou que há muito que se pretendia estabelecer este protocolo de cooperação "ao nível editorial", que inclui conteúdos jornalísticos e conteúdos de fotografia, o qual "tem efeitos imediatos" a partir de hoje.
Este é "mais um passo no futuro da Lusa, mais um passo no futuro das cooperações que temos com várias agências com provas dadas e que sejam muito ligadas a notícias credíveis e isentas", que é algo que "a Ansa também proclama", rematou Joaquim Carreira.
Por sua vez, o presidente executivo da Ansa, Stefano De Alessandri, manifestou-se contente com a assinatura deste protocolo.
"Conhecemo-nos há muito tempo, cooperamos com a Lusa em diferentes organizações europeias de agências noticiosas, mas consideramos que esta parceria vai ampliar a nossa cooperação em termos de compreendermo-nos mutuamente, os dois países, porque a agência de notícias Lusa e a Ansa irão ajudar os dois países, os clientes e os subscritores", acrescentou Stefano De Alessandri.
"Por outro lado, é uma excelente oportunidade para alargar a nossa cooperação comercial. Há muitas empresas italianas que estão presentes no mercado português e tenho a certeza que querem melhorar o seu conhecimento do mercado e vice-versa", ou seja, empresas portuguesas presentes em Itália, prosseguiu o presidente da Ansa, que hoje anunciou que agência italiana vai passar a ter uma correspondente em Portugal.
Questionado sobre o desafio das agências de notícias no âmbito da transformação digital, Stefano De Alessandri referiu que estas têm um papel importante no combate às 'fake news' [desinformação].
"Acho que o que tem acontecido nos últimos anos, e ainda está acontecer infelizmente agora, está a colocar novamente o papel das agências noticiosas no centro de um campo importante que é, neste caso, combater contra as 'fake news' e fornecer informação profissional, séria e verificada", considerou.
"O papel das agências de notícias está a tornar-se outra vez fundamental nisto", nomeadamente desde o início da pandemia, sendo esse "o grande desafio" que têm.
Por outro lado, "a tecnologia está a mudar tudo, está a mudar os nossos clientes, está a mudar o nosso mundo e está a mudar também as agências de notícias", acrescentou Stefano De Alessandri.
No caso da Ansa, "estamos a introduzir inteligência artificial [IA] na nossa produção, estamos a certificar no 'blockchain' [sistema de registo que torna difícil alterações] todas as notícias que publicamos, registamos no 'blockchain' com o objetivo de assegurar que esta peça de notícia é produzida por nós e não por outros", sublinhou o gestor.
"Temos grandes desafios, mais o mais importante é a nossa luta contra as 'fake news'", concluiu Stefano De Alessandri.
ALU // CSJ
Lusa/Fim