
A central vai produzir numa primeira fase 50MW (megawatts) de eletricidade, no prazo de 16 meses, sendo que as fases posteriores levarão 24 meses para adicionar 200MW, lê-se no documento.
A empresa concessionária é subsidiária da britânica GL Africa Energy e o negócio foi estruturado como uma parceria público-privada (PPP) de 30 anos em que a Eletricidade de Moçambique (EDM) vai comprar a eletricidade produzida.
O acordo foi assinado pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, e pelo diretor da GL Africa Energy, Michael Kearns.
A empresa não revelou os valores envolvidos nem como será abastecida a central elétrica enquanto não houver gás natural produzido em Cabo Delgado - origem anunciada, através de gasoduto, igualmente por construir.
A avaliação de impacto ambiental disponível na Internet aponta para um investimento de 78 milhões de euros na primeira fase e 346 milhões de euros para a capacidade máxima.
"Estamos muito satisfeitos por dar mais um passo para a conclusão da central de gás natural liquefeito de Nacala", referiu Mamadou Goumble, diretor do Grupo Janus Continental (JCG), do qual a GL Africa Energy faz parte.
Classificando a assinatura como um "marco histórico para a região", referiu que a central vai garantir "energia de confiança para dezenas de milhares de empresas e residências".
A central faz parte dos projetos a abastecer com a quota doméstica das reservas de gás da bacia do Rovuma, norte do país, ou seja, com a parte da exploração de gás que quando começar a ser explorado servirá projetos em Moçambique - em vez de ser exportado, o que acontecerá com a maioria da produção.
Atualmente, Moçambique tem de importar outros combustíveis para alimentar uma central térmica flutuante de uma empresa privada, ancorada ao largo de Nacala, para assegurar energia fiável no sistema na região norte, além de também fornecer energia à República da Zâmbia.
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