Segundo um relatório assinado por analistas do banco, cada apreciação de 1% do yuan face ao dólar norte-americano pode impulsionar os mercados acionistas chineses em cerca de 3%, incentivados por fatores como a melhoria nas perspetivas dos lucros empresariais e um aumento do fluxo de capital estrangeiro.

"Historicamente, as ações chinesas tendem a apresentar um bom desempenho quando a moeda valoriza", escreveram os analistas, reforçando a recomendação de compra de ativos chineses. Entre os setores com melhor desempenho num cenário de yuan forte, destacam-se os bens de consumo discricionário, o imobiliário e as corretoras.

O índice MSCI China, que reúne empresas cotadas em Hong Kong, Xangai e Shenzhen, recuperou as perdas sofridas desde a ofensiva tarifária de 02 de abril, lançada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impulsionado por uma trégua comercial de três meses entre Pequim e Washington.

De forma mais ampla, os ativos chineses têm sido favorecidos por uma tendência de diversificação para além dos mercados norte-americanos, num contexto de incerteza prolongada quanto às políticas de tarifas e cortes fiscais de Trump.

O Banco Popular da China (banco central) tem procurado manter a estabilidade do yuan e apoiar a economia através de cortes nas taxas de juro. O yuan 'onshore' já subiu cerca de 1,4% em relação ao dólar em maio, atingindo os 7,1674 esta segunda-feira --- o nível mais forte desde novembro.

 

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