
Segundo o inquérito de conjuntura às famílias, no segundo trimestre do ano, o indicador de confiança no consumidor continuou a tendência descendente, confirmando a diminuição da confiança das famílias cabo-verdianas.
Em comparação com o trimestre homólogo, o indicador evoluiu negativamente, concluiu ainda aquele instituto cabo-verdiano.
"Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação negativa das famílias sobre a sua situação financeira para os próximos 12 meses, a sua situação económica atual, e a evolução da situação económica do país para os próximos 12 meses", explicou o INE.
Questionadas sobre a situação presente e passado, as famílias cabo-verdianas responderam que no último ano tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram negativamente relativamente ao trimestre homólogo.
"Na opinião dos inquiridos, os preços aumentaram enquanto o desemprego diminuiu relativamente ao período homólogo", completou o INE.
Quanto à poupança, a maioria dos inquiridos (93,7%) considerou que a atual situação económica do país não permite poupar dinheiro.
No trimestre homólogo (entre abril e junho de 2021) esse percentual foi de 83,8%, o que representa um aumento de 9,9 pontos percentuais, entre os dois períodos.
"De realçar que 2,7% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 12,1%, apresentando um decréscimo de 9,4 pontos percentuais", continuou.
Para o futuro, os inquiridos responderam que para os próximos 12 meses tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir negativamente.
"Para as famílias inquiridas, tanto o desemprego como os preços deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo", reforçou o INE.
Quando questionados se tencionam comprar um carro nos próximos dois anos, a maioria dos inquiridos (93,3%) afirmou ter "certeza absoluta" que não tencionam fazer esse investimento.
"De referir ainda que uma fraca percentagem dos inquiridos (1,7%) afirmou que, "provavelmente sim" irá comprar um carro nos próximos dois anos e 4,4% afirmaram que "provavelmente não", ainda segundo a mesma fonte.
Relativamente à intenção de comprar ou construir uma casa, a maioria (76,9%) é de opinião de que não pretende realizar esse negócio, contra 66,6% registado no período homólogo.
"Nota-se que 11,6% dos inquiridos afirmaram que provavelmente sim, irão construir ou comprar uma casa (contra 17,9% no período homólogo), representando uma diminuição de 6,3 pontos percentuais", terminou o INE.
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