Dados do balanço do BNU, filial da Caixa Geral de Depósitos e o banco mais antigo do país, referentes ao terceiro trimestre do ano, mostram a queda das quotas de mercado tanto em depósitos como em empréstimos.

A Lusa consultou dados dos balanços das cinco entidades financeiras a operar atualmente no país: o timorense BNCTL, o português BNU, os indonésios Mandiri e BRI e o australiano ANZ.

O BNCTL tem atualmente 49,7% da quota de empréstimos -- era de 46% em setembro de 2020 -- e uma quota de 27,5% dos depósitos, uma subida face aos 13% registados em setembro do ano passado.

No final do terceiro trimestre do ano, o BNU tinha uma quota de mercado de apenas 9% nos créditos -- era de 12% no final de setembro do ano passado -, e uma quota de 27% dos depósitos, que caiu de 35% no último ano.

Globalmente, o volume de créditos de todo o sistema cresceu no último ano até final de setembro 25,13%, sendo agora de 196,34 milhões de dólares (173,7 milhões de euros).

Já o mercado de depósitos subiu 28,59% em termos homólogos, atingindo 1.333 milhões de dólares (1.179 milhões de euros).

A quota de mercado do BNU caiu de 12,3 para 10,1% nos empréstimos -- com um volume de 29,9 milhões de dólares (26,45 milhões de euros) -- enquanto a quota de depósitos caiu de 35,1 para 27%, num total de 359,6 milhões de euros (318,16 milhões de euros).

Quanto às provisões para risco de crédito -- num mercado em que no passado a banca, especialmente o BNU, já tiveram que absorver valores significativos de crédito mal parado -- as provisões de toda a banca eram de 2,1%.

As provisões mais baixas eram nos bancos indonésios, com zero provisões no Mandiri e apenas 0,37% no BRI, face ao valor total de crédito concedido.

Segue-se o BNCTL com as provisões mais reduzidas, de 2,34%, o BNU, com provisões de 3,83% e o ANZ com provisões de 6,42%.

 

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