Alcançar o dividendo demográfico consiste em fazer mudanças na estrutura etária por forma a ter mais população ativa (geralmente entre os 15 e 64 anos) do que população não produtiva e por essa via potenciar o crescimento económico.

"É com satisfação que noto que o nosso trabalho nesta importante frente concretiza-se com a aprovação deste projeto", referiu Mark Lundell, diretor do Banco Mundial para Moçambique, citado em comunicado.

"Empoderar, educar e empregar a sua crescente população em idade ativa, assim como abordar a sua alta taxa de fertilidade, estão entre os desafios mais prementes de Moçambique", justificou.

Moçambique tem um dos maiores índices de fertilidade da África Subsaariana, com taxas de casamento precoce e gravidez na adolescência entre as mais altas do mundo, notou o Banco Mundial.

Segundo a instituição, "a estrutura etária muito jovem da sua população pode tanto exacerbar a pobreza como aumentar a prosperidade".

Apesar dos esforços do país, "o número total de pessoas que vivem na pobreza aumentou" e uma vez que a fertilidade é maior entre os pobres, a pobreza e a desigualdade entre as gerações podem piorar, sublinhou.

"Será importante que Moçambique acelere a sua transição demográfica ao mesmo tempo que se esforça para educar e empregar a sua população em idade ativa de forma a impulsionar o crescimento inclusivo e a redução da pobreza," disse Francisco Campos, economista sénior e co-líder da equipa do projeto.

De acordo com o mais recente censo, realizado em 2017, a população moçambicana ronda os 28 milhões de habitantes.

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