Os madeirenses vão terminar o campeonato novamente na segunda metade da tabela, depois de lutarem pela manutenção, e estão a um ponto da marca (39) que tiveram na temporada 2018/19.

"É uma época que não se pode considerar boa, bem pelo contrário, em termos da diferença entre os pontos que conseguimos, as exibições e o palmarés do Marítimo. Temos esta última oportunidade para mostrar o que de melhor conseguimos fazer. É um jogo de futebol, ninguém pode garantir absolutamente nada, mas é com esse espírito que vamos abordar este jogo", referiu, na conferência de imprensa de antevisão do jogo nos Barreiros.

O derradeiro adversário dos 'verde rubros' é a grande surpresa do campeonato, em que ocupa o quinto lugar, que disputa com o Rio Ave, um ano após ter regressado ao principal escalão.

"O campeonato que o Famalicão fez não foi fruto do acaso. Tem um excelente plantel, muitíssimo bem orientado e trabalhado pelo João Pedro [Sousa]. Independentemente de não ir à Europa, o Famalicão está de parabéns. Fez um campeonato extraordinário. Na época passada, jogava noutra divisão e fez jogos brilhantes, com um futebol atrativo e adeptos com entusiasmo", elogiou o treinador do Marítimo.

José Gomes analisou a época, na qual, embora tenha conseguido a meta traçada da permanência, ambicionava mais, curiosamente o objetivo que o Famalicão está a disputar.

"Apesar de não me ter sido exigido isso quando cheguei, eu tinha a esperança de poder estar na luta em que estão o Famalicão e o Rio Ave. Não era um objetivo desmedido, pela distância de pontos e atendendo o calendário, pensei que ainda iríamos a tempo de ajudar a lutar por esses objetivos. [O que faltou?] Talvez uma pré-época, um trabalho de base. Pelo menos, ficaria mais próxima a capacidade de cada um na interpretação das minhas ideias", comentou.

Mesmo assim, o técnico assegurou que está "feliz" na Madeira e que sente ter uma "base boa" para dar "continuidade ao trabalho".

Após já ter mencionado publicamente que está a preparar a próxima temporada, para a qual foram observados "centenas" de jogadores, dos quais "muitos" foram escolhidos, ajustando à "realidade financeira" do clube insular, José Gomes não quis entrar em pormenores, pois prefere ter o "foco bem forte" para a última partida da época.

"Temos um jogo importante, porque vai definir em que lugar ficamos. Não é a mesma coisa ficar em 11.º ou em 14.º e é com este espírito que quem está no Marítimo deve estar. Não é a mesma coisa ganhar ou não ganhar. Acho que não estaria a fazer tudo para ganhar se estivesse a falar já de detalhes da próxima época", alertou.

O Marítimo, 12.º classificado, com 38 pontos, recebe o Famalicão, quinto, com 53, no sábado, pelas 19:00, com arbitragem de Tiago Martins, da Associação de Futebol de Lisboa.

DIYA // NFO

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