Depois do Papa Francisco, segue-se o Papa Leão XIV. Uma hora e quinze minutos depois de ter surgido fumo branco da chaminé da Capela Sistina, o norte-americano Robert Prevost foi anunciado como o 267.º líder da história da igreja católica.

O momento já de si histórico torna-se ainda mais simbólico na medida em que Robert Prevost, de 69 anos, é o primeiro norte-americano da história a ser o líder da Igreja.

Conhecido como um líder, Leão XIV entrou para a vida religiosa aos 22 anos, formando-se em teologia em Chicago e direito canónico em Roma. Posteriormente, foi missionário na América do Sul a partir de 1982, passando várias décadas no Perú, onde foi bispo da cidade de Chiclayo entre 2014 e 2023.

Após abandonar o país do qual é cidadão desde 2015 há dois anos, o novo sumo-pontífice foi nomeado líder do Dicastério dos Bispos do vaticano, ficando responsável pela nomeação dos mesmos.

Membro da ordem religiosa agostiniana, o santo padre desafiou a tradição do conclave de não nomear papas norte-americanas. A experiência, capacidade de liderança e relação próxima com o falecido papa Francisco podem justificar tal mudança de opinião e o posterior voto de pelo menos dois terços dos 133 cardeais presentes na Capela Sistina.

Apesar do perfil tranquilo, é visto como um progressista, sendo esperado que prossiga as reformas que começaram a ser implementadas por Francisco. Considerado um profundo conhecedor da lei que rege a igreja católica, destaca-se por posições reformistas relativamente a temas como a imigração.

Ainda assim Robert Prevost não está isento em polémica: em 2023 foi acusado por três mulheres de ter encoberto crimes sexuais praticados por dois padres no Peru.