
Em comunicado de final de missão a Timor-Leste???????, o FMI dá conta de que é esperada "uma recuperação modesta" da economia do país em 2021, sustentada por "um grande apoio tributário", além de "um ressalto" no consumo privado e também pela vacinação, que começou em abril???????.
As prioridades do país têm de ser a "vacinação da população adulta, assim que possível" e medidas de "alívio financeiro para as pessoas mais vulneráveis afetadas" pela pandemia e pelas cheias que fustigaram Timor-Leste, refere ainda o FMI na nota divulgada na terça-feira???????.
No pós-pandemia, os "esforços deverão focar-se em colocar a posição orçamental numa situação mais firme e em reformas estruturais para criar empregos e diversificar a economia", acrescenta a nota.
A missão do FMI a Timor-Leste foi liderada por Pablo Lopez Murphy, que destacou o "forte apoio" do Governo num "pacote que vai ajudar a mitigar o impacto da pandemia e revitalizar a economia".
Contudo, "a incerteza em relação ao panorama é excecionalmente elevada", razão pela qual uma "intensificação da pandemia ou atrasos no programa de vacinação poderão fazer descarrilar a recuperação".
Um aumento no número de infeções, prevê o responsável, poderá "afetar a atividade económica", enquanto a "incapacidade de chegar a um consenso político para implementar as reformas estruturais necessárias para promover o desenvolvimento do setor privado e a diversificação económica poderá limitar as perspetivas de crescimento a médio prazo".
Timor-Leste está a viver o pior momento da pandemia, já que as autoridades sanitárias estimam que os contágios detetados são apenas uma percentagem da realidade, razão pela qual acreditam que poderá haver mais de 50.000 pessoas infetadas em Díli.
A taxa de incidência é agora de 14,3/100 mil habitantes fora da capital e de 43,8/100 mil habitantes em Díli, com uma prevalência da doença de entre 14,8 e 17,4% na maior cidade do país.
Desde março de 2020 até agora, o país esteve sempre em estado de emergência, com a exceção de um mês, em meados do ano passado.
O executivo deliberou hoje intensificar a vacinação, procurando atingir uma média de 5.000 inoculações por dia (o dobro da média atual).
Até ao final do dia de terça-feira, já foram vacinadas com a primeira dose em Díli quase 36 mil pessoas, o que representa 10,2% da população estimada de 352 mil pessoas.
Em termos nacionais, já receberam a primeira dose mais de 48.500 pessoas, o que equivale a cerca de 3,4% da população estimada de 1,45 milhões de pessoas.
As cheias, que provocaram 32 mortos e nove desaparecidos, presumidos mortos, destruíram ou danificaram quase 29 mil casas em vários pontos do país, destruindo mais de 3.700 hectares de campos agrícolas, especialmente nos municípios de Manatuto, Bobonaro, Liquiçá e Viqueque.
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