Segundo o governante angolano, o setor que dirige está em fase de consolidação das reformas que se iniciaram nos últimos quatro anos, processo que deu origem às várias agências do setor, que emanaram de seis institutos e um gabinete setorial.

"O setor tem hoje um nível de desempenho satisfatório e esta fase de consolidação deve-se refletir na vida do cidadão", afirmou Ricardo de Abreu, durante a 8.ª edição do Café CIPRA (Centro de Imprensa do Presidência da República de Angola), que abordou o "balanço e desafios do setor os transportes".

O governante apontou, na sua intervenção, que o documento da estratégia do setor dos transportes angolano, que congrega os subsetores aéreo, marítimo, ferroviário e rodoviário, é o Plano Nacional Diretor do Setor dos Transportes e Infraestruturas.

De acordo com Ricardo de Abreu, o plano diretor tem uma visão de 20 anos para o setor dos transportes, assinalando que o setor que tutela deve dar resposta ao crescimento demográfico e ao processo de diversificação da economia do país.

Para o governante, que foi um dos facilitadores do encontro, juntamente com o coordenador do Gabinete de Operacionalização do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, a mobilidade urbana constitui um dos grandes pilares do plano.

"É um outro grande pilar devido ao crescimento demográfico acelerado das cidades, que é um tema continental", notou, referindo que as grandes capitais das cidades africanas também registam um crescimento acelerado das populações.

Falou também sobre a construção da linha amarela do Metro de Superfície de Luanda, considerando que a mobilidade urbana na capital angolana, incluindo o perímetro do novo aeroporto, deve ganhar novo fôlego.

O Presidente angolano autorizou, por decreto, a abertura de contratação simplificada para a conceção, construção, implementação e fornecimento de equipamentos e tecnologias para o Metro de Superfície de Luanda, no valor de 1,3 mil milhões de euros.

A empreitada inscreve a construção da via-férrea dupla, ligando o porto de Luanda e a centralidade do Kilamba, numa extensão de aproximadamente 39 quilómetros, incluindo a construção de um parque de manutenção em cada um dos extremos da linha.

A construção de 24 paragens distribuídas ao longo do traçado e o fornecimento e colocação em serviço de uma frota de 68 veículos articulados de quatro unidades cada constam igualmente da empreitada.

Sobre os transportes públicos rodoviários, Ricardo de Abreu recordou que só a capital angolana conta com uma frota de 850 autocarros, que transporta cerca de 13 milhões de passageiros/mês, lamentando, no entanto, que apenas 50% seja utilizada.

O ministro defendeu maior articulação entre os operadores e a tutela, sobretudo no domínio da segurança e manutenção dos meios, para darem "resposta" efetiva à demanda da população.

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