"Exigimos desde já que inicie um sério trabalho de investigação policial tendente a esclarecer este crime e punir exemplarmente os responsáveis diretos e mandantes destes atos macabros contra moçambicanos, para evitar que continuemos a assistir situações de impunidade", disse Ossufo Momade, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

O corpo do político, raptado em 13 de dezembro na sua residência, foi descoberto na quinta-feira por camponeses, abandonado, com sinais de tortura e coberto de ramos de árvores numa mata de Pindanganga, uma aldeia do interior de Gondola (Manica), a cerca de 60 quilómetros a nordeste do local do seu rapto, disseram à Lusa familiares no domingo.

A Renamo quer que "a justiça seja feita e condena veementemente o ato", classificando-o como "bárbaro" e contra os princípios do Estado de Direito Democrático.

"Com este ato bárbaro, levado a cabo pelos inimigos da paz e da diversidade de pensamento, a Renamo e a República de Moçambique perdem um dos seus melhores filhos", considerou Ossufo Momade.

Na segunda-feira, as autoridades de Manica, no centro do país, ordenaram a exumação, para perícia, do corpo do antigo deputado, num trabalho que envolve uma equipa multissetorial, composta pela Procuradoria, Saúde e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

Sofrimento Matequenha foi raptado na sua residência no início da noite de 13 de dezembro, de acordo com a denuncia feita pela família.

Um grupo armado, equipado com a farda policial, invadiu a casa do político no bairro Nhamaonha, subúrbio de Chimoio, capital provincial de Manica, e levou-o numa viatura preta, com vidros fumados, relatou a mulher do antigo deputado, na ocasião.

LYN (AYAC) // PJA

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