Na segunda-feira, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, disse que o seu país tem "direitos de soberania e de jurisdição sobre o Estreito de Taiwan".

Wang acrescentou que a reivindicação da posse do estreito por parte de Taiwan serve apenas para "encontrar pretextos para manipular questões relacionadas com os conflitos na região e ameaçar a segurança da China".

Hoje, Taiwan reagiu, classificando os comentários de Pequim como "errados" e "inaceitáveis".

"A China (...) viola flagrantemente a soberania de Taiwan e mina a ordem marítima internacional para minar a paz e a estabilidade regionais", disse o Partido Democrático Progressista (no poder), em comunicado.

A diplomacia de Taiwan também emitiu um comunicado, denunciando que Pequim "distorceu deliberadamente as regras internacionais para trazer o Estreito de Taiwan para a sua própria Zona Económica Exclusiva".

Taiwan vive sob a ameaça de uma invasão da China, que olha para esta ilha, com um regime democrático e com estatuto de autonomia, como parte integrante do seu território, garantindo que o irá recuperar, um dia, mesmo que tenha de o fazer pela força.

A via navegável do estreito que separa Taiwan da China continental é um ponto sensível e a passagem nesta zona de navios de guerra estrangeiros, ocidentais em particular, tem despertado os protestos de Pequim.

Os Estados Unidos e muitos outros países consideram o estreito como parte de águas internacionais abertas.

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