De acordo com a agência de notícias oficial chinesa, o Wutip chegou a Hainão por volta das 20:00 de sexta-feira (12:00 em Lisboa), e enfraqueceu para uma tempestade tropical severa, com ventos de cerca de 100 quilómetros por hora.

Depois de passar perto da cidade de Dongfang por volta das 23:00 (15:00 em Lisboa), o Wutip seguiu para nordeste, regressando ao Golfo de Tonkin e recuperando o estatuto de tufão, segundo a plataforma meteorológica Zoom.earth.

O Wutip deverá voltar a tocar em terra ainda hoje, desta vez na China continental, na província de Guangdong.

O tufão trouxe chuvas fortes, ventos fortes e interrompeu vários serviços de transporte para as províncias costeiras do sul da China, onde mais de 12 mil pessoas foram retiradas das suas casas.

Em Macau, está içado o sinal de tempestade tropical de nível 3, de acordo com a página da Direção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos.

Já na cidade vizinha, o Observatório de Hong Kong mantém ativo o sinal n.º1.

Nas duas cidades, a escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1 (menos grave), 3, 8, 9 e 10 (mais severo), cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.

O Wutip é o primeiro tufão da época na China, mas a sua formação registou-se com mais de dois meses de atraso em relação ao habitual início da temporada, que costuma ocorrer no final de março.

Especialistas atribuem o atraso a um sistema de alta pressão subtropical invulgarmente forte e à chegada tardia da monção de verão ao mar do Sul da China, fatores que inibiram a convecção tropical necessária para o desenvolvimento de ciclones.

 

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