"O nosso compromisso com a paz é total e inabalável", referiu numa cerimónia em Maputo perante o corpo diplomático acreditado no país, sociedade civil e outras organizações.

O chefe de Estado assinalou que, "vezes sem conta, o país emprestou as suas valências, seja em representação do Estado ou individualmente por moçambicanos para mitigar conflitos ou encontrar soluções negociadas" para situações de divergência.

"O nosso compromisso com a agenda de paz no quadro do Conselho de Segurança é tudo quanto nos motiva, porque sabemos quão nefasta é a ausência de paz e quão benéfica é a harmonia", destacou.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanentes e 10 não-permanentes eleitos por mandatos de dois anos e em que cinco são substituídos a cada ano.

Na eleição há um número fixo de assentos para os diferentes grupos regionais em que a Assembleia Geral da ONU se divide.

No caso, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) endossou a candidatura moçambicana, anunciou há um ano a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, quando começou a abordar o tema com representações diplomáticas.

Nyusi realçou hoje que a candidatura goza de apoio unânime dos 15 membros da SADC e dos 54 estados-membros da União Africana (UA), além de manifestações de simpatia e encorajamento por parte de nações de outros continentes, nomeadamente no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Contudo, consideramos que mais trabalhos se afigura necessário para alargar e consolidar o círculo de apoio e reunir o maior consenso possível à volta do nosso país, conhecido no mundo como amante da paz e da liberdade dos povos", sublinhou o chefe de Estado.

As eleições vão decorrer em 2022 e o mandato de dois anos arranca a 01 de Janeiro de 2023, terminando a 31 de dezembro de 2024.

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