
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na Casa do Artista, em Lisboa, começou por afirmar que a saída do almirante António Mendes Calado da chefia do Estado-Maior Armada antes do fim do mandato está acertada com o próprio, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.
"As notícias acabaram por envolver o senhor vice-almirante Gouveia e Melo", assinalou, depois, referindo-se à informação de que o Governo tenciona propor-lhe a nomeação do até agora coordenador do plano nacional de vacinação contra a covid-19 para substituir o almirante António Mendes Calado na chefia da Armada.
O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas defendeu que Henrique Gouveia e Melo "merece, pela sua carreira, a condecoração" que recebeu recentemente "e, pela atuação na campanha da vacinação, o agradecimento de todos os portugueses".
"E, por isso mesmo, o seu mérito, a sua classe, a sua categoria dispensam o ser envolvido numa situação em que pudesse aparecer como que de atropelamento de pessoas ou de instituições. Não é bom nem para as pessoas, nem para as substituições", considerou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que decidiu intervir publicamente neste caso para esclarecer o que qualificou de equívocos, "porque se trata de salvaguardar a reputação das pessoas envolvidas e se trata de salvaguardar o prestígio das instituições".
"Portanto, é tudo muito mais simples e claro do que aquilo que me pareceu resultar de um erro de informação ou de perceção verificado nas últimas horas", acrescentou.
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