
"As ordens judiciais estão sendo cumpridas no âmbito de investigação que apura os crimes de injúria, perseguição e desacato praticados contra ministro do STF, na última sexta-feira, no Aeroporto Internacional de Roma, capital italiana", indicou a Polícia Federal em comunicado.
A imprensa local indicou que as buscas foram realizadas na residência do empresário Roberto Mantovani Filho e da sua mulher, Andrea Mantovani, e ainda do empresário Alex Zanatta.
As autoridades foram autorizados pelo STF, e os policias foram autorizados a recolher aparelhos eletrónicos e documentos.
Citado na Agência Brasil, a defesa de Roberto Mantovani Filho e da sua mulher indica que os dois "lamentam, sinceramente, todo o acontecido, estando convictos da existência de equívoco interpretativo em torno dos fatos", mas negam agressões.
"As ofensas atribuídas como se fossem de Andrea ao ministro Alexandre de Moraes foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa, não por ela", declarou a defesa.
O juiz do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil foi alvo de insultos e de uma tentativa de agressão, um incidente já condenado este sábado por autoridades governamentais, parlamentares e da oposição.
De acordo com a imprensa local, o juiz Alexandre de Moraes foi vítima de insultos e até mesmo de tentativas de agressão física na sexta-feira por parte de três brasileiros, que gritaram "bandido, comunista e comprado" no aeroporto de Roma, cidade onde fará uma série de palestras.
Além de membro do Supremo Tribunal Federal, Moraes é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, alvo de duras críticas e ameaças de apioiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro, a quem o tribunal retirou os direitos políticos por "abusos de poder" cometidos durante a campanha eleitoral de 2022.
Nessas eleições, Luiz Inácio Lula da Silva venceu, mas Bolsonaro recusou-se a reconhecer e chegou a insinuar uma suposta fraude.
MIM (JMC) // RBF
Lusa/Fim