
"Não nos revemos nos exploradores que só precisam de nós para nos sacar o voto e para nos limpar o dinheiro que temos da reforma", afirmou o fundador António Mateus Dias na apresentação do partido, que decorreu numa cooperativa em Lisboa, acrescentando que o PURP é constituído por "pessoas que já trabalharam uma vida inteira, que têm sabedoria e experiência para governar um país".
Fernando Loureiro, outro fundador do PURP, afirmou na apresentação que um dos objetivos do partido é que os deputados "baixem as suas reformas, desçam um bocado, e tentar aproximar os 'de baixo' com os 'de cima'".
"Por favor, meu deus, o que é isto", questionou ainda Fernando Loureiro, após criticar que "as pessoas que estão na política não podem vir com pompa a circunstância dizer que aumentaram 2,90 euros a um reformado que ganha 300 euros de reforma, quando eles na Assembleia da República, os senhores deputados que representam as pessoas todas, aumentam-se a eles próprios e criam leis sigilosas para ninguém saber quanto é que eles ganham".
António Mateus Dias afirmou aos jornalistas que o objetivo para as eleições legislativas é "eleger o máximo de deputados possível".
Nas medidas propostas pelo PURP, os fundadores destacaram a "redução significativa do orçamento da Presidência da República" e o "aumento das pensões".
Quanto à direção do partido, os cargos serão decididos no primeiro congresso, que decorrerá "entre 15 a 20 dias", disse António Mateus Dias, que referiu ser candidato a presidente do partido e se dirigia a Fernando Loureiro como secretário-geral.
Em termos de listas de deputados, o PURP quer concorrer aos 22 círculos eleitorais, pelo que "serão apresentadas brevemente", acrescentou o fundador, não especificando datas. Para já, apenas avançou que será cabeça de lista por Lisboa e que Fernando Loureiro será cabeça de lista pelo Porto.
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Lusa/fim